segunda-feira, 16 de abril de 2012

Roberto  DaMatta






Roberto Augusto DaMatta (Niterói, 29 de julho de 1936) é um antropólogo brasileiro. É casado com Celeste Leite e tem oito netos.
Profissional de múltiplas atividades – conferencista, professor, consultor, colunista de jornal, produtor de TV – Roberto DaMatta é acima de tudo antropólogo.
Estudioso do Brasil, de seus dilemas e de suas contradições, mas também de seu potencial e de suas soluções, DaMatta não se afasta de seu país mesmo quando desenvolve outros temas. A comparação com o Brasil é inevitável.
DaMatta revela o Brasil, os brasileiros e sua cultura através de suas festas populares, manifestações religiosas, literatura e arte, desfiles carnavalescos e paradas militares, leis e regras (quando respeitadas e quando desobedecidas), costumes e esportes.
Daí surge um Brasil complexo, que não se submete a uma fórmula ou esquema único. Para DaMatta, o Brasil é tão diversificado como diversificados são os rituais, conjunto de práticas consagradas pelo uso ou pelas normas, a que os brasileiros se entregam.
Todos esses temas são abordados em sua relação com duas espécies de sujeito, o indivíduo e a pessoa, e situados em dois tipos de espaço social, a casa e a rua.
A distinção entre indivíduo e pessoa é bem demarcada em seu original trabalho sobre a conhecida e ameaçadora pergunta: Você sabe com quem está falando?. Os seres humanos que se sentem autorizados a se dirigir dessa forma aos outros, colocam-se na posição de pessoas: são titulares de direito, são alguém no contexto social. Os seres humanos a quem tal pergunta é dirigida são, para as pessoas, meros indivíduos, mais um na multidão, um número.
A rua é o espaço público. Como é de todos, não é de ninguém, logo, tem-se ali um espaço hostil onde não valem as leis e os princípios éticos, a não ser sob a vigilância da autoridade. A convivência na rua depende de uma negociação constante, entre iguais e desiguais. A casa, considerada num sentido amplo, é o espaço privado por excelência, onde estão “os nossos”, que devem ser protegidos e favorecidos, e aqui DaMatta retoma e atualiza o conceito de homem cordial de Sérgio Buarque de Holanda.
 
Fonte: Wikipedia

Grupo 2
AULA 03 – 15/03/2012 -DA MATTA, Roberto. “ O Ofício do Etnólogo. Ou Como Ter Anthropological Blues”. IN: Edson Nunes   (org.), A Aventura Sociológica.

A importância de analisar e observar as condições do povo estudado, mantendo uma abordagem geral do objeto da pesquisa, esses aspectos devem ser tomados como base para o inicio de qualquer pesquisa. Seguindo esses pressupostos Da Matta percebe que existe uma semelhança muito grande entre o trabalho etnográfico e os ritos de passagem.
Quando Van Gennep analisou os ritos de passagem percebeu a existência de três dimensões fundamentais, e com o trabalho etnográfico não foi diferente.
 A primeira, teórico-intelectual, é uma fase de preparação, quando ainda não estabelecemos contato com o grupo objeto da investigação. Conhecemos esse objeto apenas pelo abstrato e pelo vivenciado pelos outros. Seria o treinamento do olhar do antropólogo, construindo o seu embasamento teórico.
A segunda fase, em sequência, é o período prático, que antecede a pesquisa. Este é o momento em que o pesquisador planeja a sua estada no campo, desde a própria manutenção até o desprendimento emocional que precisa alcançar para desempenhar o seu ofício, incluindo as questões burocráticas para a realização da pesquisa.
A terceira etapa é a pessoal ou existencial, da experiência concreta e imediata, que propicia a síntese entre a experiência e a teoria, entre a realidade e o livro.
Nessa fase pode ser encontrado aquilo que Roberto da Matta denomina de  antropological blues, que seria o lado emocional da pesquisa  e toda subjetividade entorno dos agentes sociais, apresentando assim um aspecto interpretativo da pesquisa.O antropólogo surge como tradutor ou interprete de dada cultura e dessa forma a solidão, as dificuldades de se integrar ao seu objeto de estudo, a saudade de entes queridos, aspectos próprios das fragilidades humanas, começam a se revelar.
O artigo consegue problematizar sobre o oficio do etnólogo, na qual a liminaridade do estranhamento apresenta um dinamismo de não fazer parte daquela determinada cultura, porém o fato de está vivenciando essas práticas é necessário um esforço do antropologo em transformar o exótico em familiar e o familiar no exótico.

Entre as ciências do Homem, a Antropologia é aquela onde necessariamente se estabelece uma ponte entre dois universos de significação, de subjetividades. A antropologia tem se preocupado cada vez mais com o rigor objetivo da pesquisa de campo, enquanto são inegáveis o lado subjetivo desta e o caráter fenomenológico da disciplina.
Depositar no lado obscuro o que há de mais importante é um modo envergonhado de não assumir a face humana da disciplina, por medo de não sentir anthropological blues, por meio do qual se pretende incorporar, de modo mais sistemático, os aspectos interpretativos do oficio de etnólogo.





Ruth Benedict


Ruth Benedict, nascida Ruth Fulton, (Nova Iorque, 6 de Junho de 1887 — Nova Iorque, 17 de setembro de 1948) foi uma antropóloga americana.
Ela nasceu na cidade de Nova Iorque, tendo estudado no Vassar College, onde se formou em 1909. Iniciou sua graduação na Universidade de Columbia em 1919. Lá entrou em contato com Franz Boas e se tornou PhD. Em 1923 tornou-se membro da mesma universidade. Margaret Mead, com quem manteve relacionamento amoroso, e Marvin Opler foram alguns de seus colegas e alunos. Franz Boas, seu professor e orientador, considerado o pai da antropologia americana, teve seus pontos de vista manifestos em Ruth Fulton Benedict. São de autoria de Boas muitos trabalhos clássicos, inclusive “Raça, Linguagem e Cultura” – provavelmente o mais veemente texto anti-racista a surgir do mundo acadêmico em sua época. Sobre este tema ela provou que esses três aspectos são independentes: raça, linguagem e cultura. Depois de Boas tornou-se impossível falar que qualquer raça é inferior, incapaz de se aproveitar daquilo que de mais elevado culturalmente a humanidade tem a oferecer, e ser seriamente levado em consideração.

 fonte:Wikipedia



Relatoria da aula do dia 12/04/12- Grupo I
Texto relativo à aula: O Crisântemo e a espada. Capitulo I, “ Missão Japão” e o capitulo II “ Os japoneses na guerra” e capítulo III “ Assumindo a posição devida”.

Ruth Benedict foi uma antropóloga americana, nascida em 1887 na cidade de Nova York e morreu em 1948.  O livro “Padrões de culturas” foi sua obra de maior destaque, sendo traduzida em quatorze línguas.
 O “Crisântemo e a espada”, publicado em 1946, dois anos antes da sua morte, foi uma etnografia encomendada pelo departamento de guerra dos Estados Unidos.
Naquele momento os Estados Unidos estava em guerra contra o Japão, logo após o ataque a Peral harbor. A etnografia foi feita a distância, já que, Benedict não poderia ir ao Japão, já que o país estava em guerra. Seu trabalho foi feito a partir de livros, recortes de jornais, revistas e depoimentos de jornalistas e imigrantes, todo seu material de pesquisa foi baseado em informações de segunda ordem.
No decorrer de sua etnografia Benedict sempre trabalha com o jogo de comparações entre as duas culturas (a americana e a japonesa). Tornando o exótico familiar e o familiar exótico. Por exemplo: Para os americanos era um comportamento normal que as famílias dos prisioneiros de guerra fossem avisadas sobre a sua condição, mas para os prisioneiros japoneses isso era considerado uma condição de vergonha, preferindo o silêncio.
Os japoneses temem muito o julgamento da sociedade e supervalorizam a autodisciplina. Sempre buscando a perfeição.  Por isso não obter êxito em alguma empreitada levam alguns indivíduos até ao suicídio.
   Benedict recebeu algumas criticas ao falar sobre “Cultura japonesa”, pois, tal afirmação poderia levar a generalizações, devido ao imenso tamanho e a diversidade do país asiático.
O “Crisântemo e a Espada” até hoje suscita polêmica dentro da antropologia, já que a autora não utilizou o método da observação-participante, não foi realizada a pesquisa de campo estabelecida como método da antropologia por Malinowski, já que Benedict não poderia ir ao Japão que se encontrava em guerra.
Com o “Crisântemo e a Espada” Benedict, inovou dentro do campo da antropologia, mostrando ser possível a realização de uma etnografia à distância se as situações reais não possibilitarem a pesquisa de campo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

EVANS PRITCHARD, E.E ,  . Cap. I (“A Bruxaria é um Fenômeno Orgânico e Hereditário )  IN: _____, Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande, Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978, pp.37-55.

e o link do livro inteiro no Google books, porém, com algumas páginas faltando (o número de páginas exibido é limitado, porém tem a maior parte):